Nos últimos dias, um coro de vozes levantou-se contra a intenção de Bruxelas em não permitir o aumento do salário mínimo em Portugal.
Catarina Martins do Bloco de Esquerda, Partido que conta agora com maior número de eleitos, defende que não devia impedir-se o aumento do salário mínimo dos deputados na Assembleia da República.
No mesmo registo, um dirigente do Sindicato dos Professores, já veio dizer que deveria passar para os 3.000 euros o salário mínimo dos professores recém-formados do 1º ano. Enquanto o comunista Jerónimo de Sousa acha que o dos operários metalúrgicos é que devia subir, pois ganha em função do que auferiria se ainda trabalhasse numa fábrica e é sobre o valor que ele terá daqui a aproximadamente 30 anos que será calculado o valor da sua reforma.
A Comissão Europeia veio, no entanto, esclarecer que é o salário mínimo do regime geral que não ultrapassa os 530 euros que pretende ver congelado.
Aguarda-se agora que das mesmas fontes surjam fortes críticas que ajudem a convencer Bruxelas do absurdo desta medida. Mas não é expectável que seja brevemente, pois como temos assistido grupos e Partidos políticos são lestos a defender aqueles que representam mas raramente sabem o que dizer quando se trata de ser os portugueses em geral.